Em um encontro humanizado em preparação ao meu parto, um dia desses, surgiu a questão de que "não adianta nada denunciar", ou porque "não vai dar em nada", ou porque "só vai gerar estresse" e etc...
Até concordo que não dê em nada, mas sabe porque não dá? Porque é uma entre as dez que sofreram violência obstétrica que denunciam. Então fica parecendo que aquela é a louca. Já parou pra pensar que sua omissão pode estar prejudicando outras mulheres que gostariam de ter um parto humanizado mas não tem porque o índice de denúncias do hospital era baixo, ela achou que seria o melhor, escolheu, porém sofreu todas aquelas coisas horríveis (pra mim são horríveis e desumanas, passíveis de uma indenização daquelas, mas sou suspeita pra falar isso né? Aliás, nem posso. Enfim). Talvez não resolva nada mesmo, até porque não vai tirar o seu trauma, não vai voltar o tempo e nem fazer você ter seu bebê novamente de forma respeitosa como sonhou. Mas vai ajudar uma próxima mãe a ter o seu.
E tudo o que eu faço na vida eu penso na repercussão que vai ter. Assim como meus textos. Talvez milhares leiam mas se apenas uma for tocada para mim foi o suficiente,
Como aquela tradicional história do menino que todo dia colocava uma estrela do mar de volta ao mar e todo dia surgiam várias na praia. Ao ser questionado porque ele fazia isso se ele não conseguia devolver todas ao mar, ele respondeu: PORQUE PRA ESSA EU FIZ A DIFERENÇA.
Talvez seja o seu texto de insatisfação nas redes sociais, sua denúncia anônima no disk denuncia ou simplesmente o seu falar sobre o assunto com outras mães que irão fazer a diferença.
Como aquela tradicional história do menino que todo dia colocava uma estrela do mar de volta ao mar e todo dia surgiam várias na praia. Ao ser questionado porque ele fazia isso se ele não conseguia devolver todas ao mar, ele respondeu: PORQUE PRA ESSA EU FIZ A DIFERENÇA.
Talvez seja o seu texto de insatisfação nas redes sociais, sua denúncia anônima no disk denuncia ou simplesmente o seu falar sobre o assunto com outras mães que irão fazer a diferença.
Você é só uma entre várias, mas se todas denunciarem, seremos uma grande corrente e as próximas mães poderão ser respeitadas nesse momento incrível da vida. E teremos colaborado pra mais crianças virem ao mundo de forma harmoniosa e respeitosa, e você saberá que fez parte disso.
Mas afinal, quais são as violencias obstétricas?
Violência física no atendimento obstétrico
- Limitações de dieta e posicionamento
- Episiotomia como lesão corporal
- Indução de trabalho de parto
- Amniotomia
- Manobra de Kristeller
- Fórceps
- Agressão física
- Abuso sexual
- Exposição, desprezo à privacidade
- Cesariana desnecessária
Violência verbal no atendimento obstétrico
- Termos e expressões vexatórios
- Comentários, xingamentos
Violência moral (ou psicológica) no atendimento obstétrico
- Ameaças veladas ou expressas
- Indução da vontade (cesariana eletiva)
- Mentiras
- Não permitir acompanhante
- Privação de roupas, celular, documentos, comunicação
Se você passou por qualquer uma dessas violencias veladas, pode sim denunciar
Violência Contra a Mulher – 180, ou disque-saúde - 136
e inclusive procurar seus direitos (estes falarei em um post reservado para ele, sendo inclusive tema do meu TCC).
Em matéria publica no G1, há mais dicas de como denunciar e porque. Vale a pena ler também
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