Esses dias surgiu uma discussão a respeito de agressões... comecei a refletir como era dentro de casa e acabei por me dar conta que nunca precisei bater na Lara (uma única vez para falar a verdade, mas ao final explico o por quê também não precisaria). Não é porque ela é uma criança super boazinha e que não apronta, nem porque não chora ou faz birra. Mas porque existe algo dentro de casa muito forte chamado DIÁLOGO. Ela sempre é informada de onde estamos indo, o que vamos fazer, porque tem que usar aquelas roupas, TUDO. Sem execeção. Tudo conversamos. E se por ventura, algo acontece fora do planejado, nós conversamos o porque daquilo estar acontecendo, explicamos, SEMPPRE olhando NOS OLHOS.
Se por acaso a frustração ainda é grande, vem um abraço, ela se sente compreendida. não precisa fazer birras, não precisa brigar, não precisa chorar. E mesmo que aconteça, duram pouco, porque sempre estamos lá pra ajudar ela a entender o que está acontecendo. E ela entende. QUALQUER CRIANÇA entende. Experimente.
Depois de refletir porque funciona aqui, fiquei lembrando de muitas frases que estou acostumada a ouvir: a criança só está chamando a atenção.
Fico pensando: gente, se vocês sabem que a criança está chamando a atençao, porque SIMPLESMENTE NÃO DÃO ATENÇÃO??!!
Dar atenção NÃO É FAZER O QUE ELA QUER, nem o que ela está pleiteando com o choro ou com a birra; dar atenção é SIMPLESMENTE DAR ATENÇÃO. Olhar para ela, deixar ela perceber que está sendo notada, pedir pra que ela explique o porque do choro, e você explica de volta o porque não precisa chorar.
Não cedam, digam não. Mas façam isso por amor. Façam isso dizendo porque não.
Quando estamos frustrados e alguém nos dá atenção, não precisamos manifestar raiva, não precisamos "chamar a atenção".
DIÁLOGO
É importante ser sempre a palavra chave do relacionamento de qualquer ser humano. Entre pais e filhos não é diferente. Eles fazem parte da casa. Eles não precisam ter tudo o que querem. Nem devem. Mas eles precisam se sentir no meio de vocês. Sentir que as pessoas se importam com a gente é quando percebemos que falamos/choramos/rimos e somos percebidos.
Ele vai ver aos poucos, que não precisa chorar, que apenas precisa conversar. Que mesmo que com a conversa venha um não, ela vai saber o porquê do não.
Conversem! Sobre tudo tudo a todo tempo. Desde a gestação. Crianças entendem, sim!
PS: Sobre a única vez que bati nela:
Ela estava com aquelas incansáveis birras que "toda criança faz" de jogar as coisas no chão para "chamar a atenção" e eu não estava em meus melhores dias, estava estressada, atrasada para escola dela e meu trabalho, e ela lá jogando as coisas no chão. Fiz ela pegar, apenas mandei que ela pegasse; ela não pegou, e isso se repetiu por várias vezes esgotando minha paciência que costuma ser grande, porém naquele dia estava bem pequena. Ela não fez, e então eu dei um tapa nela. Ela ficou ali chorando e eu fiquei ainda mais irritada do que estava.
Agora, vamos analisar a situação: em algum momento eu abaixei na altura dela e expliquei porque ela tinha que pegar as coisas? Eu ajudei ela a entender porque tinha que arrumar e não podia, nem precisava jogar as coisas no chão?
Não, em nenhum momento eu fiz isso. Eu estava cansada e queria que ela ficasse como robozinho ali, acontece que ela também estava sensível (provavelmente porque estava sentindo falta dos meus carinhos) e fez algo para chamar a atenção, e eu, mesmo sabendo disso não dei atenção a ela.
Tudo isso teria sido evitado se eu tivesse conversado, mais uma vez: DIÁLOGO! Tanto eu quanto ela teríamos chegado a um consenso, e mesmo que ela não guardasse, ela saberia o porque foi "punida" e provavelmente não seria com um tapa, mas com algo verbal, uma retirada de brinquedos, ou até mesmo a minha expressão de brava. Para ela seria suficiente como algo ruim. Mamãe nunca fica brava.
Chego a conclusão, mais uma vez, que quem tem que estar bem para poder cuidar bem dos filhos, somos nós mesmas. Por isso enfatizo sempre: cuide de você! Se você não estiver bem, não adianta ler mil livros sobre a melhor forma de educar se no momento do seu cansaço deixar tudo falar mais alto. Tenha uma válvula de escape. É o que realmente faz diferença para que eu consiga ter paciência. E definitivamente SEMPRE mantenha o DIÁLOGO.
PS: Sobre a única vez que bati nela:
Ela estava com aquelas incansáveis birras que "toda criança faz" de jogar as coisas no chão para "chamar a atenção" e eu não estava em meus melhores dias, estava estressada, atrasada para escola dela e meu trabalho, e ela lá jogando as coisas no chão. Fiz ela pegar, apenas mandei que ela pegasse; ela não pegou, e isso se repetiu por várias vezes esgotando minha paciência que costuma ser grande, porém naquele dia estava bem pequena. Ela não fez, e então eu dei um tapa nela. Ela ficou ali chorando e eu fiquei ainda mais irritada do que estava.
Agora, vamos analisar a situação: em algum momento eu abaixei na altura dela e expliquei porque ela tinha que pegar as coisas? Eu ajudei ela a entender porque tinha que arrumar e não podia, nem precisava jogar as coisas no chão?
Não, em nenhum momento eu fiz isso. Eu estava cansada e queria que ela ficasse como robozinho ali, acontece que ela também estava sensível (provavelmente porque estava sentindo falta dos meus carinhos) e fez algo para chamar a atenção, e eu, mesmo sabendo disso não dei atenção a ela.
Tudo isso teria sido evitado se eu tivesse conversado, mais uma vez: DIÁLOGO! Tanto eu quanto ela teríamos chegado a um consenso, e mesmo que ela não guardasse, ela saberia o porque foi "punida" e provavelmente não seria com um tapa, mas com algo verbal, uma retirada de brinquedos, ou até mesmo a minha expressão de brava. Para ela seria suficiente como algo ruim. Mamãe nunca fica brava.
Chego a conclusão, mais uma vez, que quem tem que estar bem para poder cuidar bem dos filhos, somos nós mesmas. Por isso enfatizo sempre: cuide de você! Se você não estiver bem, não adianta ler mil livros sobre a melhor forma de educar se no momento do seu cansaço deixar tudo falar mais alto. Tenha uma válvula de escape. É o que realmente faz diferença para que eu consiga ter paciência. E definitivamente SEMPRE mantenha o DIÁLOGO.
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