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Mostrando postagens de maio, 2017

Carta para uma amiga que acabou de parir

Querida amiga, Quantos medos surgiram desde a descoberta da gravidez não é mesmo?  Mas estava lá junto de você; como mãe eu já sabia que você não se arrependeria e que no final iria fazer tudo por esse serzinho. Nem sabíamos ainda quem estava vindo por aí, e nem como as coisas iam ficar. Mas eu sabia que você iria se sair muito bem, mesmo com essa carinha de menina, jeitinho meigo de ser. E aos poucos você mesma foi descobrindo o poder que tinha, descobriu a mulher que você pode ser! Me orgulho de teres conseguido, amiga! Me orgulho de ter me permitido participar dos momentos, de comprarmos as primeiras roupinhas juntas, de estar junto no primeiro exame de sangue, de mandar e receber mensagens.  O tempo passou, e comprovado cientificamente ou não, você transmitiu o amor da sua maternidade para mim, num dos piores momentos que eu estava passando, a dor por completar um ano da perda do segundo filho (que pra mim sempre será o segundo filho). Você me ouvia todos os dias, le

Quando foi que viramos máquinas de produzir filhos?

Parece chocante um título como esse, mas ele veio de uma reflexão pós entrevista realizada pela rádio Nova Porto a um dos obstetras mais respeitados aqui da minha região. Esse contexto me impactou, vindo de um médico que traz à vida muitas crianças há quase 20 anos de profissão. Segundo ele, os nascimentos mudaram significativamente nesses anos, antigamente ele acompanhava famílias super ansiosas e próximas para a chegada do bebê, que cuidavam da mulher grávida como uma joia rara, e ela mesma assim se via. Conforme ele foi descrevendo as mudanças que foram acontecendo, comecei a pensar no espiritual da coisa, aquela profundidade do que ele estava falando. É mais do que planejar o parto, muito mais do que arrumar o quartinho, fazer enxoval. Veja bem, nós fazemos tudo isso hoje em dia, então podemos dizer que não somos máquinas né?! Nós temos sentimentos... Sim, nós temos. É inegável o amor que provém de uma mulher que se vê a espera de um filho. Porém a questão da e

Fomos no mercado

Imagina eu + 3 crianças pequenas no mercado... ... ... ... Nós sempre gostamos de levar as crianças em todos os lugares, e os mais simples para nós é maravilhoso para elas. Eu lembro de quando minha mãe me levava no mercado ou no centro da cidade para comprar roupas. É meio corrido ter que prestar atenção em três e observar o preço das coisas ao mesmo tempo. Mas no geral elas não dão trabalho. No caminho do mercado eu já aviso os itens que irei comprar e não compro o que elas pedem. E se elas estiverem sem sono e de bom humor, aceitam tranquilamente que a mamãe não tem dinheiro para o chocolate naquele momento. Nesse dia das fotos foi bem bacana que cada uma quiz pegar sua própria cesta e como ia comprar leite, peguei três caixas e dividi na cesta, o restante também dividi e elas se sentiram super importantes de carregar a própria compra rs. Loucura loucura hahaha!

Porque levar os filhos a programas culturais?

Vivemos em um mundo onde a correria é tão grande que muitas vezes deixamos de dar atenção as coisas realmente importantes, e estamos levando os nossos filhos a serem como nós. Na correria do dia-a-dia não os levamos a programas culturais, isso tem se perdido e podemos ver facilmente em cada canto. Quando eu era pequena sempre sonhei em conhecer os lugares que aprendia na escola, ou a própria escola levava.  Precisamos dar mais atenção ao nossos filhos, as verdadeiras necessidades deles, nem sempre uma boneca que come e faz xixi é o presente ideal. Você gasta tanto em algo que muitas vezes seu filho só quer porque passa na TV. Mas o que de fato vai tornar ele um ser humano bom para o mundo? O que vai fazê-lo sonhar e dizer: quero ser alguém na vida!?

Não sei ser mãe de dois, e agora?

A maternidade por si só traz medos intensos que nem sabíamos que poderíamos superar, mas aprendemos um pouco a cada dia e acabamos percebendo que não é tão difícil assim; que vamos dar conta e nos superarmos de forma inimaginável. Aí tudo bem, queremos ser mãe novamente, eu particularmente teria uns 5 filhos (se ganhasse na Mega Sena), mas aí fico pensando: Porque?  Eu só tenho a experiência com uma filha, e com ela eu superei e aprendi muita coisa; mas agora com dois não vai ser a mesma coisa, não vou mais poder dormir a hora que o bebê dormir, porque ainda terei outra criança pra brincar, é como se fosse mãe de primeira viagem novamente. Os medos de um parto ainda me assombram, uma cesariana me dá arrepios e o parto Natural não podemos prever como será. E como vou fazer no pós parto com criança pequena em casa? Como vou amamentar um e ensinar outra a sair da mamadeira? Como vou contar histórias de princesa pra uma e aprender sobre super heróis com o outro?

Que tal amar o mundo, como o ama uma criança?

Seria pedir muito ter um pouco mais de tempo? Um pouco mais de infância Um pouco mais de inocência Seria pedir muito um mundo melhor? Um mundo de amor Um mundo de paz. Quando temos filhos pequenos aprendemos a dar valor a vida como ela realmente deveria ser, que saibamos ensinar de forma que não criemos crianças gananciosas e impacientes. Mas que sejam pra sempre puras e amorosas. Que o nosso mundo interior aprenda com a inocência no olhar delas, e que nosso estresse seja deixado de lado quando nos abrirem um sorriso por algo tão costumeiro para nós, mas que aos olhos dela são tão incríveis... Uma borboleta voando, um passarinho cantando, uma barata no chão (eca, mas sim, até uma barata)... Que não percamos o dom de apreciar a vida, pois a infância passa rápido demais... A nossa, e de nossos filhos...